sexta-feira, 29 de março de 2013

Resenha: English with music


Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Faculdade de Letras e Artes – FALA

Disciplina: Produção Textual
Discentes: Alisson Viana, Eveline, Iara Marinho, Nayane Cristina e Paloma Moraes

Resenha
BELARMINO, Erivaldo dos S. A Importância da Inserção de Músicas no Ensino-aprendizagem de Língua Inglesa.

Erivaldo dos S. Belarmino foi bastante feliz na escolha da temática de sua pesquisa que fala sobre “A importância da inserção de músicas no ensino-aprendizagem de língua inglesa”. Por se tratar de um tema interessante para a área de ensino de línguas, a música é algo que atrai a diversos públicos e de todas as idades.
Um dos tópicos que chama bastante atenção é o desafio de ser professor nos dias atuais. O autor deixou bem claro, baseando-se na citação, “que o educador para por em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo” (JESUS (2012), apud GADOTTI, 1999, p. 2).
Um dos desafios que ele encontrou na tarefa de ser professor foi que as turmas estão mais heterogêneas, ou seja, as preferências, não só de estilos musicais, mas também comportamentais, são bastante diferentes. O que exige ainda mais trabalho do professor. Sem falar da forte crença de que o docente está na sala apenas para transmitir o conteúdo aprendido e que tem por obrigação aprovar o aluno no final do ano letivo.
Em seguida, Erivaldo levanta uma abordagem sobre a música no ensino do inglês. Sua intenção de trazer esse assunto foi muito atraente para a temática, porém nesse ponto o autor deixou um pouco a desejar. Na parte escrita ele muitas vezes repetiu palavras e idéias e também se pode perceber que por falta de pesquisa, talvez, sua argumentação ficou fraca, utilizando muito do senso comum para justificar seu ponto de vista.

Ao tentar explicar a quem a música influencia, Erivaldo se deteve a falar apenas do público infantil, e na verdade, sabe-se que a música pode alcançar não somente às crianças, como citado por ele, mas a todos.
O estudo em questão se trata de uma pesquisa de campo, pois o autor realizou um questionário em uma turma de 9° ano da cidade de Palmeira dos Índios – AL, buscando saber como a música influencia e facilita no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira.
No total, foram entrevistados 30 alunos, sendo 18 do sexo masculino e 12 do sexo feminino. O questionário utilizado continha 26 questões de múltipla escolha, sendo permitido, em algumas delas, marcar mais de uma opção.
A primeira pergunta que ele destaca é: “Você gosta de músicas em inglês?” A resposta como era de se esperar foi positiva, tendo vinte e seis dos trinta alunos respondido que sim. Em seguida, ele faz outra pergunta relacionada à primeira: “Qual o estilo de música favorito?” O questionário possibilitava a escolha de alguns estilos, a se saber: MPB, Rock, Rap, Raggae e Outros.
De acordo com Erivaldo, esses são os estilos musicais que possuem grande influência no cenário musical brasileiro. De fato, isso é verdade, porém, teria sido interessante que o autor tivesse primeiramente feito uma explanação do lugar onde o estudo foi realizado, no que se trata de gosto musical. Isso levando em consideração que cada região tem um estilo musical característico. Alagoas é um estado que está situado na porção Nordeste do país. Será mesmo que estes estilos deveriam ter sido colocados como opção?
Porém, a pergunta que parece ter maior importância para o artigo é a seguinte: “A música influencia a gostar da língua inglesa?” Talvez pela capacidade que a ela tem de mexer com as emoções, ou por sua harmonia e sonoridade a maioria dos entrevistados responderam que sim, apenas 10 alunos foram contrários. A partir daí foi possível chegar a conclusão de que as músicas podem ser usadas nas aulas de inglês.
Para tentar entender o que levou esses 10 alunos a responderem ‘não’, o autor deduziu que eles preferem ouvir músicas em português. Isso por ser mais fáceis de compreender ou, por simplesmente, eles não se identificarem com o idioma estrangeiro.
Em seguida, uma nova questão é abordada no questionário “Procura saber o significado das músicas?” Vinte e um alunos responderam que sim e nove disseram que não procuram saber o significado das canções, dessa forma o autor passou a acreditar que os alunos estejam interessados apenas no ritmo e não no que a letra diz.
Uma colocação que é levantada no estudo é que alguns alunos não estão interessados na disciplina de inglês. Isso acontece por existir uma crença antiga de que aprender esta língua não irá influenciar em suas vidas. Porém, o autor coloca muito bem que tal idéia é muito equivocada, principalmente quando levamos em consideração o sistema vigente em nossa sociedade que é o capitalismo. Este está marcado por diversos traços de competitividade, pois quem detém uma maior gama de conhecimento irá se qualificar melhor, de tal forma que o inglês será um diferencial.
Apesar da crença exposta, a pesquisa demonstrou que a turma questionada não segue esta idéia, pois vinte e sete dos trinta alunos afirmam gostar das aulas de inglês. E também a grande parte da turma tem interesse e acreditam que é possível aprender o idioma ouvindo músicas.
Nas considerações finais, o autor se contradiz com a sua pesquisa, dando maior enfoque na minoria dos entrevistados, que são os alunos que não gostam da língua estrangeira. Erivaldo deveria ter mencionado o fato da maior parte da turma se interessar pelo estudo do idioma, já que esse foi o principal resultado do estudo. Contudo, ele acredita que até mesmo os alunos que gostam do inglês sentem falta de inovação nas aulas.
Em suma, a temática “A Importância da Inserção de Músicas no Ensino-aprendizagem de Língua Inglesa” é bastante interessante, pois qualquer pesquisa que venha a acrescentar em aprimoramento das metodologias de ensino é bem vinda. Todavia o autor foi falho e repetitivo em muitos de seus argumentos, se contradizendo em algumas partes do artigo.

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